Só o tempo nos mostra, que o que passou, ficou pra trás. E que as esperanças, são criadas por nossa imaginação. Delírios que nos fazem acreditar que ainda há tempo de recomeçar. Mas, o fato, é que quando conseguimos tal ato, percebemos que as coisas mudaram. Que a ausência deletou certos detalhes. Detalhes que não se recuperam mais.. por mais amor que ainda exista.
Cada dia que passa, muda alguma coisa em nós. Coisas tão pequenas, que não somos capazes de enxergar e que só percebemos quando nos deparamos com uma situação do passado.
Colocamos tanto na nossa cabeça que não somos capazes de esquecer uma pessoa, que quando a esquecemos, nos achamos ridículos e muitas vezes, pensamos ser um momento de loucura
. "Ora! Jurei amor eterno, não é possível ter esquecido tão facilmente!" E nem percebemos que atrás desse 'facilmente', se encondem lágrimas de meses, ou até anos.Toda vez que temos uma desilusão amorosa, juramos nunca mais nos entregar. Criamos uma barreira invisível diante do nosso coração. Mas, mal sabemos que essa barreira é criada somente na nossa mente, e que no coração, a gente não manda. O coração logo se apaixona, e por costume, negamos até que nossas forças e desculpas se esgotem, aí então, nos entregamos outra vez.
Coração cretino! Mente ordinária! Não temos o controle de nós mesmos.
Falamos como se tivéssemos o poder de comandar o nosso coração. Ora, não conseguimos nem dominar nossos medos, que dirá nosso coração.
Quando estamos super apaixonados, chegamos a pensar que não há espaço suficiente dentro de nosso peito, para acolher tal amor. Perdemos os sentidos, o ar, e quando se fala da pessoa amada, perdemos o chão; ficamos sem voz, até. Queremos sempre nos ocupar o menos possível, para que haja espaço dentro de nosso ser, para o outro. Pobres humanos. Burros! O coração é tão grande, que nem todo amor do mundo é capaz de ocupá-lo por inteiro.
O coração é sempre capaz de amar outra vez. Mesmo que a desilusão anterior seja maior que a nossa imaginação.
